sexta-feira, 5 de setembro de 2008

QUATRO ERROS DE ROBERTO SHINYASHIKI




OS QUATRO ERROS

A revista Isto É publicou uma excelente entrevista com Roberto Shinyashiki, médico psiquiatra, com Pós-Graduação em administração de empresas pela USP, consultor organizacional e conferencista de renome nacional e internacional.

Aqui verá uma das perguntas da entrevista e a respectiva resposta. Medite sobre ela.

ISTO É – Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus, isso é verdade?

Shinyashiki - A sociedade quer definir o que é certo.

São quatro loucuras da sociedade:

A primeira, é instituir que todos têm de ter sucesso, como se ele não tivesse significados individuais.

A segunda loucura é: Temos que estar felizes todos os dias.

A terceira é: Temos que comprar tudo o que pudermos. O resultado é este consumismo absurdo.

Por fim, a quarta loucura: Temos de fazer as coisas da maneira acertada.

A maneira certa não existe. Não há um caminho único para se fazerem as coisas.

As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.

Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.

Existem pessoas que dizem que não serão felizes enquanto não se casarem, enquanto outras, dizem-se infelizes justamente por causa do casamento.

Podemos ser felizes a comer um gelado, em ficar em casa com a família ou amigos verdadeiros, a levar os filhos a brincar ou indo à praia ou ao cinema.

Quando eu era recém-formado, trabalhei num hospital de pacientes terminais.

Todos os dias morriam nove ou dez pacientes. Eu procurava conversar com eles na hora da morte.

A maior parte agarra o médico pela camisa e diz:"Doutor, não me deixe morrer. Eu sacrifiquei-me a vida inteira, agora eu quero aproveitá-la e ser feliz".

Eu sentia uma dor enorme por não poder fazer nada. Ali eu aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém, na hora da morte, diz ter-se arrependido por não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, ou por não ter comprado isto ou aquilo, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

" Todos, na hora da morte.... dizem arrepender-se de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida."

"Aprendi que a felicidade é feita de coisas pequenas"

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

CRÔNICA DE ZUENIR VENTURA-DE EMBRIÕES E DE VIDA




DE EMBRIÕES E DE VIDA

Zuenir Ventura

Toda vez que a Igreja Católica se opõe à ciência, como no caso das células-tronco embrionárias que começa a ser julgado hoje no STF, ela nos remete a uma data que gostaríamos de esquecer: 22 de junho de 1633, o dia em que condenou o astrônomo Galileu Galilei por ter defendido o princípio de que a Terra gira em torno do Sol, de Nicolau Copérnico. Para não arder na fogueira, Galileu se desdisse. Quase 200 anos depois, a Igreja retirou sua obra da lista de livros proibidos, e em 1992 repudiou a acusação, porque, segundo o Papa João Paulo II, o caso Galileu tinha virado símbolo da "suposta rejeição do progresso científico por parte da Igreja Católica e o obscurantismo dogmático em oposição à livre busca da verdade".O engano levou séculos para ser corrigido e mesmo assim não serviu de lição. A Igreja continua tendo dificuldade de aceitar o avanço da ciência, quer ele se apresente em forma de pílula anticoncepcional ou das atuais pesquisas, ainda que em 2005 elas já tenham sido aprovadas pela maioria de um Congresso que não tem nada de herege (em seguida, a Procuradoria Geral da República contestou a lei). Os argumentos contra a regulamentação se baseiam na hipótese de que os estudos atentariam contra o direito à vida e seriam uma porta aberta à permissão do aborto. A geneticista Mayana Zatz, respeitada especialista, autora de quase 300 trabalhos científicos, acha um "absurdo" a alegação.Segundo ela, os países que já permitem pesquisas com células-tronco de embriões determinam que eles tenham no máximo catorze dias de desenvolvimento, enquanto no Brasil os embriões congelados têm menos ainda, entre três e cinco dias. "Estamos falando de embriões que nunca estiveram num útero, nem nunca estarão. Não existe nenhuma possibilidade de vida para eles."Assim, o que está em jogo não é a infindável discussão sobre a origem da vida ou o direito a ela, mas se é justo descartar um material que pode salvá-la e que já existe nos laboratórios de fertilização, pois as células-tronco embrionárias são capazes de se converter em todos os tipos de célula do nosso corpo (as adultas só formam alguns tecidos e não servem para pessoas com doenças genéticas) e formarem um ser humano completo. Em outras palavras, oferecem a possibilidade de curar doenças graves como o mal de Parkinson e de tirar paraplégicos das cadeiras de rodas -- estes, sem dúvida, seres vivos.Talvez por isso é que, como revelou o repórter Antônio Góis, a população católica seja contrária à posição oficial da Igreja no caso. Quando o Ibope perguntou aos entrevistados se consideravam "uma atitude em defesa da vida" apoiar as pesquisas com células-tronco embrionárias, 94% responderam que sim. Entre as pessoas com nível superior, a aprovação chegou a 97%.

CRÔNICA: OS PÉS DO DR. EBBESMEYER




OS PÉS DO DR. EBBESMEYER


Luiz Fernando Veríssimo
Não sei se você leu. A polícia de Vancouver, no Canadá, está investigando um mistério: o aparecimento de três pés humanos em praias de ilhas da região, num curto espaço de tempo. Pés direitos. E os três vestindo tênis. Não foi revelada a marca dos tênis, talvez para não alimentar a hipótese de se tratar do lançamento de alguma campanha publicitária macabra (“Você se decompõe, seu tênis não”, ou “Não caia na água sem eles”).
São muitas as especulações sobre a origem dos pés. Seriam de vítimas de afogamento ou acidentes de barco ou avião. Só os pés teriam sobrado depois que a água e os peixes acabaram com o resto. Ou seriam vítimas de algum matador e desmembrador em série. É possível que já estejam procurando fetichistas conhecidos com serra elétrica em casa. Não sei.
O que mais me intrigou na notícia foi o depoimento de um professor de Oceanografia da Universidade de Washington chamado Curtis Ebbesmeyer, descrito como um especialista em objetos flutuantes. O Dr. Ebbesmeyer não tinha opinião sobre de onde saíram os três pés mas tinha uma explicação para o fato de serem só pés direitos. Pelo formato dos tênis, os de pé direito flutuam naturalmente para um lado, os de pé esquerdo para o outro. Assim, não é improvável que apareçam pés esquerdos correspondentes aos pés já descobertos, mas em praias opostas, apesar de terem a mesma origem. Como autoridade em objetos flutuantes, o Dr. Ebbesmeyer tem a teoria pronta para sustentar sua tese.
Não sei que cara tem o professor, ou que ator o interpretaria quando fizessem o filme, mas posso imaginar as gozações que ele sofria no meio acadêmico por causa da sua especialização e das suas teorias. Aquela sua idéia de que um hipotético par de tênis posto numa superfície de água se separará, e flutuará um para um lado e outro para o outro de acordo com o seu formato, devia valer algumas piadas condescendentes para o velho Curtis, que nunca antes na sua carreira fora consultado sobre sua obsessão, as idiossincrasias dos objetos flutuantes. Até surgir o mistério dos pés direitos para consagrá-lo.
Ou então o próprio Dr. Ebbesmeyer teria, um dia, decidido mostrar aos incrédulos que o atormentavam que sua teoria não era risível, que ele não era
o louco que imaginavam. E providenciara os pés para o seu experimento.
Eu, se fosse a polícia canadense, veria se o Dr. Ebbesmeyer não tem uma serra elétrica.


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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

SEMANA DA PÁTRIA ... INDEPENDÊNCIA DO BRASIL???



SEMANA DA PÁTRIA ... INDEPENDÊNCIA DO BRASIL???